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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Beleza e Nostalgia



Era um dia chuvoso mas nem por isso menos belo. A água que escorria das lápides gastas acrescentava à melancolia do local. Seguimos um passeio bonito e rústico até um miradouro onde se podia observar grande parte de Coimbra. Porém, naquele dia a vista não era o ponto mais interessante. Ressaltava-se a beleza própria do lugar, com o seu arvoredo variado e bancos toscos, parece que esculpidos pela Natureza, ideais para ler um livro num dia de sol. E, claro, as lápides. Brancas, cinzentas, espalhavam-se por toda a parte, algumas meio escondidas pela folhagem, outras em pé no meio da relva e ainda outras embutidas na rocha. O cenário lembrava a simplicidade elegante de um cemitério rural inglês. E em cada lápide o nome de um curso, uma dedicatória, um poema… A memória daqueles que passaram por Coimbra em tempos idos. Reza a lenda que muitos anos antes de algum destes memoriais ser posto, o rei D. Pedro vinha aqui chorar a perda da sua amada, D. Inês. Com o tempo, tornou-se tradição vir para cá lembrar o passado com nostalgia. Local marcante da cidade, quem vem não se esquece do Penedo da Saudade…

por: Amy Gois

*Este artigo não esta redigido ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Chegando ao local, deparamo-nos com a estátua de
João de Deus mirando Coimbra.
O Penedo da Saudade é na verdade um jardim de recordações
Bancos esculpidos da pedra…
… e das árvores convidam à leitura de um bom romance
Folhagem de cores vibrantes…
… serve de moldura à vista da cidade
Escondidas entre a folhagem…
…ou embutidas na rocha, as lápides complementam
a Natureza na perfeição
Lugar emblemático deste jardim, o Retiro dos Poetas
celebra a poesia e a criatividade conimbricense
Embora as palavras, erodidas pelo tempo
já não se leiam em muitas lápides, as pedras são um
memorial intemporal de um passado saudoso
 


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