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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Fitacola lança novo videoclip em Coimbra


A banda conimbricense Fitacola conta já com 9 anos de existência, com trabalhos de originais que aliam a essência musical do punk rock com a irreverencia individual de cada elemento. Num contexto de “conversas informais” , a banda fala-nos sobre o seu percurso e revela-nos toda a história que envolve o seu ultimo vídeo “sobreviver”.
Fitacola

Posts de Pescada: Como nasceram os Fitacola?
Diogo: Os Fitacola nascem de um grupo de amigos que já se conheciam há algum tempo e que se resolveram juntar para passar umas boas tardes a tocar. A verdade é que na altura ninguém sabia o que estava a fazer, não é que agora saibamos…(risos). Basicamente juntámo-nos para tentar fazer música que gostávamos de ouvir.

PP - Que influencias musicais caracterizam a vossa música?
Diogo:  NOFX,  Rise Against, Bad Religion, Dead fish. Acho que nos últimos álbuns tivemos muito de Rise Against. Mas é por aí…

PP - Melhor momento enquanto banda.
Chico: Acho que todos concordamos que foram os concertos que demos no coliseu. Fizemos a primeira parte de Rise Against ,que é uma banda que sempre ouvimos. Tocar no coliseu é único, é um espaço único.

PP - A formação inicial dos Fitacola não é aquela que hoje encontramos…podem falar  um pouco sobre isso?
Diogo:  Inicialmente era eu (Diogo), o Chico, o Libelinha e o Besugo. O Besugo acabou por sair da banda porque não tinha disponibilidade e não conseguia conciliar o trabalho com a banda. Com a saída do Besugo tivemos necessidade de encontrar alguém que o substituísse e é aí que entra o Cabal.
Chico: Quanto ao Libelinha, saiu da banda há 4 anos. Antes dele também passaram outros baixistas pelo grupo. Como todas a bandas têm as suas divergências, ele queria seguir um caminho com o qual nós não concordávamos e optámos por ficar só nós. Entretanto convidámos o Pinho para ser o nosso baixista.

PP - Sentem que fazem parte de uma geração interventiva? Os álbuns traduzem de alguma forma esse conceito?
Pinho: Acho que o primeiro álbum é um álbum mais interventivo que o segundo. O segundo é um pouco mais pessoal. Seja como for acho que também acaba por ter algum peso nesse campo.
Chico:  Mesmo que não seja algo propositado, porque nós não pensamos em intervir de alguma maneira, fazemos porque achamos que deve ser dito ou feito. Mas de alguma maneira acabamos por ser sempre interventivos. Recebemos inúmeros mails e mensagens de fans que se identificam com a letra. Portanto intervimos sempre de algum modo.

PP - Coimbra está para os Fitacola como os Fitacola estão para Coimbra ou sentem algum desequilíbrio nessa relação?
Pinho: Acho que há algum desequilíbrio. Nós incrivelmente conseguimos mais fans e conseguimos chegar a mais pessoas em outras cidades. Não querendo falar mal de Coimbra, sentimo-nos mais acarinhados noutras cidades. Aqui em Coimbra não há muitos espaços para tocar.
Diogo: Seja como for não nos podemos queixar muito. Sempre que tocamos temos sempre uma casa composta e as pessoas gostam de nós! Também não vamos ser aqui mal agradecidos! Mas sim, não
somos assim tão apoiados cá em Coimbra.

PP - Vocês tiveram a participação de outros artistas nas vossas musicas, nomeadamente o vocalista dos Cpm-22 (Badauí) em “outros dias” e também de Kalú (baterista dos xutos e pontapés) na música “cai neve em nova Iorque”. Como surgiu a iniciativa?
Diogo:  Tivemos a oportunidade de ter no nosso EP, que lançámos pela Optimus discos, essas duas participações que nos marcaram bastante. No caso do Badauí fomos nós que o convidámos. Os cpm-22 tinham vindo tocar a Portugal e convidaram-nos para o concerto. Nessa mesma noite propusemos-lhe a ideia e ele aceitou de imediato. A música “cai neve em nova Iorque” é um cover de uma original do José Cid. Pensámos em convidá-lo mas na altura não foi possível. Pensámos então no Kalú que aceitou logo. Aliás, o filho mais novo é fã dos Fitacola.

PP - A banda caracteriza o último vídeo “sobreviver” como “uma face mais crua e sombria da banda”. O que querem dizer com isso?
Chico: Dentro de todos os nossos vídeos, este foi o vídeo que mostra a nossa realidade, a nossa visão das coisas. A música teve como inspiração um caso que aconteceu aqui em Coimbra. Um suicídio. A partir daí escrevemos  a musica. É uma musica mais pesada, mais “marada” e dá para perceber isso nas filmagens. Os nossos outros vídeos são mais idealizados, mais pensados. Este não. Este é mais cru e direto.

Esse mesmo vídeo foi produzido inteiramente por vocês. Esta experiencia vai provocar uma independência total na produção dos vídeos, ou seja a partir de agora vão ser sempre vocês a fazer essa produção?
Chico: Este vídeo podia ter corrido muito mal. No entanto, correu muito bem. Eu e o Pinho fizemos a edição e foi simples. Se calhar por isso é que correu bem. Claro que se pudermos continuar nesse registo, de fazermos nós as coisas, melhor. Poupamos dinheiro, tempo. As coisas saem exatamente a nossa maneira e não há nenhum interveniente que altere ou modifique a nossa perspetiva sobre as coisas. Se for algo mais complicado, pode acontecer não conseguirmos responder a nossa própria necessidade. Mas a ideia é essa, é evoluirmos e dar continuidade a este esquema.

PP - Sentem-se realizados com o que conseguiram até agora?
Diogo: Sim, eu falo por mim. Acho que sim. Até porque inicialmente não esperávamos grande coisa. Apenas nos tínhamos juntado para tocar entre amigos. Conseguimos alcançar alguns espaços importantes, gravar discos…portanto sentimo-nos realizados pelo que fizemos até hoje. Esperamos continuar e alcançar mais coisas.


por: Joana Luciano

O artigo está escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico


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