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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Latas descem ao Mondego

Os estudantes do ensino superior saíram à rua para o cortejo da latada, no passado dia 16 em Coimbra. A festa dedicada sobretudo aos caloiros, que foram batizados no rio Mondego, iniciou-os numa nova etapa da vida académica.
Aos padrinhos coube a tarefa de inventar e fazer os fatos com que os caloiros desfilaram. Assistiu-se a uma procissão de variadíssimas figuras bastante conhecidas desde desenhos animados como os flintstones, os smurfs e os simpsons a personagens de filmes como avatares, entre outros. “Vesti-as assim porque tenho uma tradição na minha “família académica” em que os caloiros têm de vestir algo sobre desenhos animados. Os fatos deram muito trabalho mas foi um orgulho quando vimos que o resultado final tinha sido o esperado”, declara Vânia Santos, estudante do segundo ano, que vestiu as suas afilhadas de bebés Shrek.
À medida que anoitecia, começavam as primeiras “famílias académicas” a descer as ruas até ao rio. Aí, os padrinhos usaram os penicos que exibiam as cores das respectivas faculdades/escolas para batizarem os novos estudantes conimbricenses. Este ritual é um marco na vida académica. “Um momento único, que não esquecerei nunca. As palavras dos padrinhos naquele momento foram muito especiais e tornaram aquele momento arrepiante”, recorda Carolina Francisco, caloira de Comunicação Social.
Para terminar este dia, Coimbra contou com a presença de Quim Barreiros para animar o recinto da latada na Praça da Canção.

por: Fabiana Ferreira
*Artigo escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico 

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Desde a 1ª Latada para a última Festa das Latas

Com a chegada do Outono e dos novos caloiros, chega a Coimbra uma das mais emblemáticas e características festas académicas desta cidade, a Festa das Latas, tendo como objetivo integrar os estudantes que iniciam um novo capítulo na sua vida e dar a conhecer um pouco da tradição praxista e académica.

Um caloiro envergando um cartaz com carater satírico.
As origens da Latada remontam ao século XIX, sendo que inicialmente era realizada em Maio, quando os estudantes comemoravam euforicamente o término das aulas, utilizando latas e demais objetos ruidosos. As Latadas do Séc. XIX estavam ligadas também ao facto de nem todas as Faculdades terem o mesmo dia de ponto, o que levava os alunos já livres das atividades escolares pavonearem-se aos restantes, através de desfiles barulhentos que os não deixassem estudar ou dormir. As latas presas ao corpo servia-lhes como escudo pois enquanto tivessem em contato com algo metálico, estavam protegidos das praxes dos doutores.

É com as décadas de 50 e 60 que a agora então Festa das Latas ganha o formato que hoje é tão bem conhecido. 

Mas então, o que mudou?
- Em primeira instância, uma das mudanças mais significativas para quem vivenciou esta tradição há muitos anos atrás, está no nome. A Latada deixou de ser Latada e passou a ser conhecida como Festa das Latas.

Eram muitos os que aproveitavam o cortejo paramostrar o seu desagrado perante a conjuntura da época.   


- Atualmente existe um cortejo único gigantesco, algo que não sucedia no início desta tradição pois era um cortejo por dia para cada Faculdade. Se assim continuasse, dada a quantidade de Faculdades, Politécnicos e faculdades privadas que existem, teríamos Latadas até ao final do 1º semestre. 

- Com o magnetismo que a Latada ganhou ao longo dos anos, tornou-se mais parecida com uma festa comercial uma vez que conta com uma data de concertos, onde os estudantes bebem mais cerveja que água e onde o INEM, numa semana, tem mais trabalho que num mês inteiro.

- O dia do cortejo é agora também sinónimo de batismo. Chegados à margem do Mondego, os padrinhos usam os penicos transportados pelos caloiros durante o cortejo para os batizarem com a água do emblemático rio. Este é também um momento de profunda emoção onde se fazem desejos de prosperidade para o futuro.

Cortejo
- O nabo é também hoje um símbolo para afilhados e padrinhos. Ao contrário do que acontecia antigamente, são os caloiros que roubam o nabo nos mercados para oferecerem aos seus padrinhos desejando-lhes boa sorte. Posteriormente, estes colocam o nabo na pasta e são os caloiros que, durante o cortejo, o vão mordendo até que reste apenas o grelo para ser atirado ao Mondego. 

Eu sou da opinião que é esta adaptação às novas realidades que tem mantido a praxe viva já que é uma 
forma da tradição ser vivenciada pelos novos estudantes. Nada se mantém inalterado e isso passa também pela praxe coimbrã pois com o passar do tempo novos costumes se irão criar, nunca desrespeitando os valores há muito criados porque é graças a eles que hoje temos tradição para honrar.


por: Patrícia Gouveia

O artigo está escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Regresso às aulas - O batismo

Coimbra é uma cidade de sonho e tradição. 

Na semana de regresso às aulas, onde vigora a curiosidade, o entusiasmo e a novidade, tanto doutores como caloiros estão repletos de um sentimento rico em orgulho, alvoroço e felicidade.
A praxe, os risos dos doutores e os olhos dos caloiros postos no chão, bem como as suas cantorias, invadem a Escola Superior de Educação de Coimbra, nesta, que foi a semana de receção ao caloiro. No final desta semana, os caloiros e doutores têm uma atividade, que é vista como a mais emblemática da nossa instituição de ensino: o Batismo.


Após uma semana de convívio entre cursos e entre caloiros e doutores, os recém-chegados escolhem um padrinho e/ou uma madrinha para os batizar com água, utilizando a famosa colher “Dura Praxis, Sed Praxis” (A praxe é dura, mas é a praxe). Todo o trajeto percorrido pelos caloiros até chegarem ao local do batismo é feito a rebolar na água ou noutros propósitos que os seus respetivos doutores ordenem.

É um momento que fica na memória e no coração daqueles que por lá passam! 
 
por: Liliana Pastor, Eva Pina e Soraia Pinheiro