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terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Arouca Film Festival – Uma iniciativa “de vento em poupa”

Arouca Film Festival – Uma iniciativa “de vento em poupa”




Em pleno distrito de Aveiro, e recentemente integrada na Área Metropolitana do Porto, Arouca recebe desde o ano de 2003 o Arouca Film Festival. Este é um festival preferencialmente talhado para acolher exibições de curtas-metragens, embora possa receber também filmes com outros tipos de duração, vindos de todas as partes do mundo.



O Arouca Film Festival – Festival Internacional de Cinema de Arouca, teve a sua primeira edição a 28 de Fevereiro de 2003, em pleno centro histórico da Vila de Arouca, contando com o apoio de associações locais e de alguns particulares. Hoje, passados 11 anos, os desígnios desta antes “novidade” pelas terras de Santa Mafalda passaram a fazer parte da imagem de marca do concelho e são traçados pelo Cine Clube de Arouca, que conta com a colaboração de entidades públicas e privadas que o auxiliam nesta tarefa, nomeadamente o Instituto Português da Juventude, o Ministério da Cultura e a Câmara Municipal de Arouca.
“Este Festival surgiu da necessidade de dotar o concelho de Arouca, de um evento que fosse capaz de causar impacto a nível internacional. Pretendeu-se, assim, cativar novos públicos nacionais e internacionais, e transportá-los a uma das regiões mais bonitas do território nacional, promovendo um interesse cada vez maior, por parte dos cineastas, para que estes realizem em Arouca, parte ou a totalidade dos seus filmes.” – Divulga João Rita, presidente do Arouca Film Festival.



Os grandes eixos orientadores da Comissão Organizadora do Arouca Film Festival prendem-se com o estimular da produção cinematográfica o apoiar e promover obras recentes e de qualidade reconhecida do circuito mundial, bem como obras e produções independentes; o atrair e formar públicos; o favorecer e potenciar a troca de experiências e de conhecimentos entre os amantes do cinema, profissionais ou amadores; e promover e preservar o património natural e cultural de Arouca.




 Foto 1: Notícia sobre o Arouca Film Festival no jornal  Diário de Aveiro

Outro dos pontos essenciais para o sucesso do Festival prende-se com a qualidade do seu corpo de jurados e das obras apresentadas a concurso. O júri é composto por profissionais da área do cinema e do audiovisual, como actores, realizadores, professores de cinema, empresários do audiovisual, jornalistas, entre outros. No que concerne aos filmes que são projectados neste certame, podemos dizer que estes abarcam todos os géneros cinematográficos e provém das mais variadas regiões do mundo, facto que demonstra a enorme dimensão já atingida pelo Arouca Film Festival, bem como o seu potencial de crescimento.
A programação deste festival, torna-o bastante completo, uma vez que é pautada pela criatividade e irreverência de uma equipa que canaliza todas as suas forças para uma semana repleta de animação, na qual são desenvolvidas várias actividades, direccionadas a toda a população, como workshops, concursos, debates, exposições de fotografia, vídeo e pintura, podendo ainda assistir a actuações musicais e teatrais que servem de “motor de arranque”  para os três grandes dias nos quais decorrem as sessões suas três competitivas, criando e desenvolvendo momentos únicos, em todo o concelho, transformando Arouca na “Vila do Cinema”.
Com filmes maioritariamente oriundos de Portugal, Bélgica, Brasil, Espanha e Alemanha, o cerrame decorre sempre nas instalações do Cinema Globo D’Ouro, no centro da vila de Arouca.
Equipa Técnica e Organização


    A organização do Festival está a cargo do Cine Clube de Arouca, que conta com o apoio Institucional da Câmara Municipal de Arouca, do Instituto Português da Juventude e do Ministério da Cultura, através da Direcção Regional de Cultura do Norte.

Foto 2: Parte da Equipa técnica do Festival, Presindente João Rita sentado.
      


Enquanto patrocinadores e apoios locais destacam-se várias identidades privadas do Concelho e ainda alguns particulares que, ano após ano, continuam a querer manter vivo este sonho de realizar um festival com impacto mundial numa região do interior norte de Portugal, afastada dos grandes centros urbanos.

Foto 3: Presidente da Câmara de Arouca, Presidente do Arouca Film Festival e respectivo júri, desta vez com o Jornalista Mário Augusto, da RTP1, como um dos  membros do júri.


Apoiar o Arouca Film Festival
Ao investir em produtos culturais, como o Arouca Film Festival as empresas conseguirão solidificar a sua imagem institucional, facto que lhe trará uma maior visibilidade. Deste modo, o investimento em cultura pode ser visto como uma oportunidade para que as empresas participem no processo de incremento e manutenção dos valores culturais da sociedade, dando-lhes a possibilidade de construírem uma imagem forte e bem posicionada para o consumidor, garantindo a curto, médio e longo prazo sua perpetuação no mercado. “ - Salienta João Rita, presidente do Arouca Film Festival – “Desde 2011 que os filmes nacionais em competição ultrapassam os de obra internacionais. Isto significa que, nas questões técnicas, os filmes portugueses estão equiparados aos filmes estrangeiros, que antes eram vistos como de qualidade mais elevada”.
Para a componente de entretenimento, o director do festival revela: “Temos nos interessado na terceira idade, promovendo pequenos expectáculos que motivem as pessoas a quererem conhecer melhor o festival”.
Foto 4: Sala cheia em mais uma edição do Festival.


Rotas e objectivos
O Festival Internacional de Cinema de Arouca tem como principais objectivos: estimular a produção de filmes (nomeadamente curtas-metragens) a um nível local, mas também nacional e internacional; apoiar e promover obras recentes e de qualidade reconhecida do circuito cinematográfico mundial, bem como obras e produções independentes; atrair e formar novos públicos, principalmente junto dos arouquenses; estimular a troca de experiências e de conhecimentos entre todos os participantes no Festival; e promover e preservar o património natural e cultural de Arouca.
Desde o início que percebemos que o Festival Internacional de Cinema de Arouca não se poderia limitar à plácida exibição de filmes, mas antes teria também de apostar na aprendizagem, na criação e na inovação, na formação e na divulgação do que de melhor é produzido e realizado em todo o mundo, apoiando a criação cinematográfica e dando voz a todos quantos pretendem demonstrar o seu potencial artístico, quer através do cinema, quer através da fotografia, da dança, do canto ou do teatro – outras vertentes artísticas apoiadas e promovidas por este certame.

Foto 5: Avelino Vieira, fotógrafo e o programa do Arouca Film Festival


Foto 6: Publicidade ao Arouca Film Festival em São João da Madeira.



A nossa visão de futuro, em ligação com o sucesso das edições anteriores leva-nos a querer projectar, cada vez mais, e a um nível global a imagem dos nossos patrocinadores, bem como a do Festival e de Arouca, facto que se tem verificado de uma forma concreta e cada vez mais substancial, uma vez que, anualmente, concorrem a este festival mais de duas centenas de filmes vindos dos quatro cantos do mundo. “ – Salienta João Rita.

As parcerias e os apoios tornam-se num objecto de estímulo para a melhoria da qualidade do Festival e potenciam a vinda de profissionais do audiovisual e de interessados pela sétima arte, promovendo assim amplos debates de ideias e a troca de informações e saberes entre as centenas de visitantes que o festival recebe anualmente.

Foto 7: Mário Augusto e o presidente da junta de freguesias de Rossas, José Paulo


O evento é promovido através do site oficial do Festival, na página do Facebook e através das mailling list's, outdoors, cartazes e flyers, bem como durante os dias em que se realiza o Festival, para que empresas que se desejem associar a este projecto inovador e vencedor o possam fazer.


Foto 8: Momento de votação 
















                                                 



















Tendo como mote a “Celebração das Artes”, o Arouca Film Festival é sempre um palco de dias repletos de animação, sessões competitivas de elevada qualidade, workshops e concursos, prémios aliciantes, encontros com realizadores, produtores e actores, musica, dança, teatro, pintura e fotografia.


Foto 9: Entrada do Festival, no Cinema Globo D’ouro, em Arouca

Reportagem por: 
Ana Manaia 
Ana Teresa Abrantes
Andrea Henriques
Bruno Tavares
Kátia Reis
Frederico Gomes

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Galeria de Sta Clara- um pequeno mundo de cultura em Coimbra





“Quem vai, quer voltar. Quem não foi, devia ir.” Este poderia ser o lema da “Galeria Bar Santa Clara”, um dos sitios que mais reflete a qualidade e beleza da cidade de Coimbra.


Localizada na Rua António Augusto Gonçalves, esta galeria existe desde 1993 e, desde logo, mostrou preocupação na forma como se apresenta ao público: o espaço, cheio de pinturas e obras de arte que se mesclam na decoração, é também palco de workshops, sessões de cinema, concertos de bandas locais que têm oportunidade de mostrar o seu trabalho ao público, sempre com o objetivo de proporcionar uma sensação de bem-estar, ao 
mesmo tempo que procura enriquecer culturalmente quem a visita

Foto 1- Vista da esplanada da galeria



Foto 2- Tecto com uma pintura numa das salas da galeria

É com infra-estruturas equipadas e preparadas para todo o tipo de demonstrações artisticas que a galeria se deixa visitar; todos os eventos que nela decorrem são pensados e preparados de forma meticulosa por quem lá trabalha, muitos dos quais resultam de parcerias com outras associações e instituições, o que contribui para a simplificação do trabalho.

                                                                                              Foto 3- Sala dedicada à leitura

Paralelamente, existe também um bar que se complementa com as peculariedades da galeria ao incutir ambientes distintos, como a esplanada à beira-rio, onde os visitantes são convidados a apreciar a cidade, ao mesmo tempo que se deleitam com os snacks e cocktails à disposição; além de dispor ainda de uma sala de estar (ou de concertos, dependendo da ocasião).





Foto 4- Azuleijos com história 


De exposições a conversas de café, de Fernando Pessoa ao teatro, de DJ’s ao jazz, a “Galeria Bar Santa Clara” proporciona momentos de lazer, descontração e convívio, num espaço permanentemente aberto para todos os que a pretendam visitar, com intenções de desfrutar da vista e colher algumas das riquezas culturais que por lá se cruzam.


                                                                                   Foto 5- Lanches da galeria



            Foto 6- Sala de concertos                                                      Foto 7- Ambiente da galeria 


                            
                                               Foto 8- Frase de Fernando Pessoa numa parede da galeria



Por: Marlene Ribeiro, Cláudia Gomes, Eduardo Pinto e Tiago Guedes




 

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Coimbra ganha vida com quem ganha a vida nela

Coimbra ganha vida com quem ganha a vida nela


Coimbra é muito mais que uma cidade historicamente universitária pautada pela tradição e pela vida noturna. Também do dia se faz Coimbra, com as suas ruas míticas e animadas, visitadas por gentes de todo o mundo.
Deambulando por trilhos conimbricenses, encontrámos na baixa o grande palco desta cidade, onde qualquer pessoa que queira pode atuar.  


- Pequenos palcos, grandes sonhos

Músicos profissionais pela baixa.

São vários os artistas que atuam nas ruas de Coimbra, demonstrando os mais variados talentos.
Desde malabarismo a descontraídos acordes de esplanada, Coimbra ganha cor e alegria com estes amantes da arte citadina. 

"Faço isto para me divertir e, principalmente, para divertir os outros. Muita gente tem curiosidade em experimentar e algumas crianças até se costumam meter comigo. (risos)" 

Malabarista, enquanto mostrava os seus truques a crianças que por ali passavam. 


“Nestas tardes de sol, a melhor companhia é um fino, amigos e a minha guitarra.”

Músico a entreter a esplanada.



Em conversa com turistas e alguns dos locais, foi percetível o agrado demonstrado pelos mesmos perante as atividades que oferecem dinamismo aos recantos da cidade. Por serem uma fonte de diversão, promovem também o comércio local. 

Se há quem encontra nas ruas uma forma de passar o seu tempo, também é possível encontrar quem faça delas o seu sustento.




É o caso de Javi, natural de Málaga, licenciado em Animação Cultural e com experiência profissional como assistente social. Fez parte de vários projetos nesta área, inclusive integrou uma equipa circense. Hoje em dia, o malaguenho vê-se obrigado a atuar nas ruas coimbrãs para poder pagar despesas domésticas e ajudar a família.


O artista mostra as suas habilidades diariamente enquanto os automóveis estão parados nos semáforos.




Músico de rua.


“Estou aqui desde manhã e acabo o dia sempre só com umas moedas, mas como faço isto por gosto, não é assim tão mau.”





Em jeito de conversa, o músico confidencia-nos que tanto encontra pessoas que contribuem com simpatia, como outras que ignoram e desprezam, chegando a ouvir delas alguns comentários desagradáveis. 





Encontramos também vários músicos espalhados pela baixa de Coimbra, que, embora não façam disto a sua principal fonte de rendimento, encaram esta atividade como um modo de adquirir mais algum dinheiro ao fim do mês.

Música cego toca ao piano e recebe moedas dos transeuntes.


- Uma forma de comércio alternativa

O simpático casal de vendedores de castanhas tem presença assídua, todos os Outonos, na baixa da cidade, com os típicos cartuchos destes frutos que “aconchegam os corações e a barriga quando o frio aperta”.
Com uma dúzia de castanhas a 1,5€, poucos são aqueles que ficam indiferentes ao carrinho vermelho que perfuma aquele largo. 


Vendedores de castanhas no largo em frente à Câmara Municipal.





 “Estamos aqui todos os anos e, apesar da crise que estamos a atravessar, continuamos a vender bem.” Conta-nos o casal.









Ao último sábado de cada mês, entre as 10h e as 19h, temos a oportunidade de visitar a feira de Antiguidades e Velharias que se realiza na Praça do Comércio. Aqui é possível adquirir os mais variados objetos, desde livros a máquinas de costura, acessórios de bijutaria e até roupas em segunda mão. 



Máquina de costura antiga.


A par destas feiras, podemos percorrer diferentes ‘barraquinhas’ e pontos de comércio mais simples, com os mais diversos produtos. 


Vendedores de roupas e acessórios.



Marta Campos, estudante do 12ºano, vê nestas pequenas feiras grandes oportunidades para encontrar peças originais, que, normalmente, não encontra nas grandes superfícies comerciais, e a um preço mais em conta. 











Os vendedores, naturais de Coimbra ou dos arredores, aproveitam estas feiras e pequenos mercados para amealhar algum dinheiro com coisas que, provavelmente, já não lhes são úteis. 

Vendedor de livros antigos.


"Há que aproveitar estes dias de sol e mesmo assim é complicado conseguir vender muita coisa."
Confessou o vendedor destes brinquedos, que se situava numa zona com pouco movimento.

Brinquedos à venda.



Coimbra tem encanto a qualquer hora e nem só de preto e branco se vestem as ruas desta cidade. Elas vestem-se de músicos de rua e de artistas que se querem dar a conhecer pelos cantos da cidade. Elas vivem daqueles que aqui cresceram e que agora se veem obrigados a viver delas.

Coimbra ganha vida com quem ganha a vida nelas. E se podíamos passear pela baixa de Coimbra sem ouvir uma canção de fundo ou sem tropeçar num tapete estendido no chão com livros antigos por preços inigualáveis? Podíamos, mas não era a mesma coisa.

Parque da cidade. 

Por:
Catarina Elias
Francisco Lopes
Joana Coutinho
Maria Inês Gomes
Natacha Roxo
Pauline Rebelo

domingo, 16 de dezembro de 2012

Beco com Saida



por: Diogo Sousa

Um porto de chegada


fonte: http://historiasesabores.blogspot.pt/
2007_06_01_archive.html

A Estação Ferroviária de Coimbra A, mais conhecida por Estação Nova, é o ponto de chegada de quem quer entrar no centro da cidade dos estudantes. Os seus 81 anos de existência, desde a sua inauguração oficial (31 de Março de 1931), contam histórias de quem chega esperançoso e parte emocionado. No entanto, é importante destacar, que não é só esta ferrovia que serve a cidade de Coimbra. A Estação Velha,  é outro porto seguro, por onde passam a maioria dos comboios. Uma vez em Coimbra B, poderá apanhar ligação para Coimbra A( o bilhete de comboio incluirá esta pequena viagem).

Antes da sua construção, a única forma de penetrar na Baixa da cidade era através dos famosos carros americanos Rail Road Conimbricense, que traziam passageiros oriundos de todo o país. Este sistema, criado em 1874, por iniciativa privada, visava numa primeira parte a exploração da calçada (actual Ferreira Borges) à Estação Velha. Contudo, a sua duração foi efémera.

Dotada de inúmeros serviços, a Estação Nova, enche-se de todos os dias de milhares de pessoas, que podem vir numa simples visita turística, ou diariamente para estudar ou trabalhar. Mas é nos fins-de-semana, que esta plataforma atinge o seu apogeu. Oriundos de todos os cantos do país, os estudantes emergem a um ritmo alucinante. O som que as rodinhas das malas fazem, ecoam por toda a Estação. Soa como um  sinal de aviso. Eles estão a chegar. É  aqui, que começa toda uma jornada, onde a agitação toma conta daqueles que abraçam a cidade como “sua”, durante os anos de estudo. Desde a simples compra do bilhete até à visualização da linha de partida, nos ecrãs digitais, marcam a correria exaltada, que se vive nesta ferroviária. Muitos dos indivíduos que pisam o chão envelhecido da Estação Coimbra-Cidade, não reparam no seu encanto. Um desses casos é o da estudante de Radiologia, Filipa Carvalho, que todas as sextas- feiras, marca presença assídua na Estação de Coimbra A, na viagem que faz para a sua terra natal, Vizela. “Nunca reparei muito na estrutura da estação. É tanta gente, tantas malas, que aquilo torna-se uma confusão”. É no seio desta confusão que a estrutura arquitectónica da ferrovia é esquecida, ficando num plano secundário para os passageiros.
 
O seu estilo clássico, revela a essência da sua beleza que combina perfeitamente com a sua funcionalidade. A sua fachada é dominada por um imponente relógio, que infelizmente não funciona. As janelas e portas em arcos entram em perfeita sintonia com as cantarias no interior, conferindo-lhe um estilo único e sublime. Inspirada num coliseu ou numa normal sala de espectáculos, o edifício parece tudo menos uma estação.

Por possuir esta especificidade, a Estação Nova foi palco de um concerto, realizado por João Conde. O artista apresentou o seu álbum de originais, “Duma vez”, uma mistura de blues com funky e rock em Abril. A sua utilização neste tipo de eventos  parece cada vez mais, adequada aquilo que há muito se equaciona fazer. Encerrar a ferrovia e convertê-la num espaço cultural, devolvendo a margem direita do Mondego à cidade.

O jornal Diário As Beiras, no dia 16 de Abril de 2012, realçou o espectáculo como “lugar inesperado”, mas “que parece adequar-se na perfeição a estes eventos”.

Situada num local central, permite um olhar profundo sobre pontos característicos da cidade, como a Portagem, a Ponte de Santa Clara e a Baixa. É  nesse sentido, que muitos turistas optam pela utilização do comboio, que os coloca num ponto histórico da cidade, e simultaneamente os recebe em alojamentos épicos. É ainda de salientar que, após a saída da Estação, a cidade oferece uma excelente rede de transportes públicos, que permite a mobilidade a qualquer lugar, confortavelmente.

Antiga. Simples, mas ao mesmo tempo imponente. Bonita, detalhada e ecléctica, assim é a Estação Ferroviária de Coimbra A. Não tem a evolução tecnológica das actuais ferrovias portuguesas, mas elas também não contam histórias, sonhos, paixões, alegrias e tristezas. É isso que a valoriza em relação a todas as outras, emoções gravadas nas paredes, momentos que só ela conhece, e que com ela permanecerá. Essencialmente frequentada por estudantes, que entram pela primeira vez em Coimbra, através dela, em busca do conhecimento e da vivência académica, que só Coimbra pode proporcionar.E no final, é através dela, que dão o último suspiro na hora do Adeus!

por: Márcia Alves

*Este artigo não está escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico